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em busca da felicidade


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remediando – Os Clássicos serão sempre os Clássicos!

No início deste ano, coloquei como meta ler ao menos dois livros por mês. Alguns dirão que é pouco, outros que é muito e alguns outros que ler é uma besteira rsrs. No meu caso, eu digo para mim mesma que dois livros por mês digamos que seja aceitável, uma vez que eu adoro ler e, que se conseguisse, o faria mais constantemente e leria uma quantidade de livros muito mais abundante. Enfim, dois por mês!

Até agora tenho conseguido cumprir a meta – acho que mereço um bônus: vou me presentear com algo rsrs. – Mas esqueci de mencionar que existe um porém: não posso e nem quero ler qualquer livro, não, isso não! Quero os clássicos! Literatura clássica, aliás até reler – porquê não? – alguns dos clássicos que li já há tanto tempo e que tenho vontade de esmiuçar novamente.

Na lista estão clássicos já lidos ou não, como ‘Orgulho e Preconceito’ da incrível Jane Austen, ‘O Idiota’ do profundo Dostoiévski, ‘O Apanhador no Campo de Centeio’ de J.D Salinger e alguns das minhas escritoras preferidas: Virgínia Woolf, internacional, e Lya Luft, brasileira.

Pois bem, tudo isso para dizer que ontem terminei de ler – acho que este eu li e reli umas quatro vezes na vida – ‘Mrs. Dalloway’, livro da Virgínia, li uma edição especial. Qual a graça de ler um livro que você já leu? Alguns podem me perguntar! O lado bom de reler estes clássicos, além de cultura, da poesia que neles existe, de enxergar outros pontos de vista e blá blá blá, é relembrar onde eu o li pela primeira vez, o que eu estava fazendo na época, que idade eu tinha e doces lembranças do tipo, além de perceber que com a maturidade, por incrível que pareça, nós lemos com um outro olhar que o de antigamente.

E aí, depois de lê-lo novamente e agora em outro contexto de vida, confesso que gostei ainda mais dele rsrs. Mas não se iludam os que não gostam de ler ou os que não são muito chegados a um clássico; ele é difícil de ler, precisa ser lido e pensado; tem que ser lido devagar, sem pressa, como quem degusta um bom vinho. Aos adeptos de livros mais moderninhos será difícil amá-lo, já adianto, mas não custa tentar. Gostei, de novo, mas com um outro sabor desta vez.

A história do livro se passa em um dia de junho de 1923, em Londres; um livro inteiro para narrar apenas um dia, genial para uma escritora daquela época. Aliás, com este livro, Virgínia quebrou as regras da literatura da época, sendo muito criticada, porém hoje se sabe que foi aí que se iniciou o romantismo moderno. Ela quebrou paradigmas, ousou e deu certo! Fica aqui um trecho com sabor de quero mais para quem ficou curioso: “Sentia-se muito jovem; ao mesmo tempo, indescritivelmente envelhecida. Passava como um bisturi através de tudo; ao mesmo tempo, ficava do lado de fora, assistindo. Tinha a perpétua sensação, enquanto observava os táxis, de estar longe, longe, muito longe, no meio do mar, e só; tinha sempre o sentimento de que viver, mesmo um único dia, era muito, muito perigoso.”

– Fim –

Direitos Autorais: O autor se resguarda através da lei 9.610/98 que protege a criação intelectual, sendo que quaisquer destes posts publicados neste blog, quando compartilhados, deverão conter em seu rodapé a indicação de autoria: por Graziela Antunes