remediando

em busca da felicidade


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remediando – Os rumos que a vida toma

Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que a vida está sempre certa. Ela sempre sabe o que fazer para que possamos aprender e mudar com os mais diversos caminhos que ela nos impõe percorrer.

Quem enxerga isso e deixa a teimosia de lado com certeza aprende e se acalma um pouco mais, pois sabe que ela sempre percorre o caminho certo. O problema é que o caminho certo da vida na maioria das vezes é visto como o caminho errado por nós, parece que está tudo às avessas e não conseguimos vislumbrar adiante. É aí que surge o medo; o medo de não prever pra onde a vida está nos levando e o que ela nos reserva.

E ela toma caminhos que não compreendemos de momento, mas que com certeza um dia mais à frente entenderemos… e, se não entendemos, não é que a vida esteja errada, somos nós que estamos enganados, desenganados nas nossas próprias ilusões e expectativas. Quando isso acontece, precisamos mudar nossos conceitos e nossas crenças e quando falo de crenças não estou falando de religião, estou falando das coisas nas quais acreditamos ou que fizeram nós acreditarmos desde pequenos que era o certo ou o errado.

Existem comportamentos inadequados que nos fazem sofrer e/ou quem está ao nosso redor… e não percebemos isso. E quando digo que precisamos mudar é disso que estou falando, mudar comportamentos inadequados que só nos fazem mal ou a quem está do nosso lado. Porém, para mudarmos é necessário primeiro deixar a teimosia de lado e se despir da atitude arrogante de que estamos sempre certos e, a partir daí, passar a enxergar o quanto erramos e o quanto somos frágeis.

Só assim passamos a compreender os rumos ‘incertos’ que a vida costuma tomar.

Direitos Autorais: O autor se resguarda através da  lei 9.610/98 que protege a criação intelectual, sendo que quaisquer destes posts publicados neste blog, quando compartilhados, deverão conter em seu rodapé a indicação de autoria: por Graziela Antunes


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remediando – Primavera na alma

Hoje é dia 22 de setembro e as flores do ipê amarelo anunciam a chegada da primavera. Que estação mais linda e cheirosa!

No corre-corre do dia a dia e no cinza das grandes cidades muitas vezes não nos damos conta de como o sol e as cores da natureza são capazes de alterar o nosso ritmo e humor. Em alguns lugares como Londres, por exemplo, onde o inverno é muito rigoroso, as estatísticas mostram um drástico aumento de casos de depressão e suicídio. Isso se deve ao fato de que no frio as pessoas ficam mais introspectivas e isoladas.

Já na primavera e no verão as pessoas buscam o inverso, voltam-se para fora. O inverno é tempo de se abastecer do próprio calor e, na primavera, o colorido e a beleza trazem alegria para a vida.

A primavera quando chega é simplesmente deslumbrante e faz um bem danado à alma. A neve derrete, o frio vai indo embora aos poucos, o verde começa a brotar, os animais voltam a aparecer e as flores são um espetáculo à parte com os seus mais variados perfumes e cores.

É o ciclo da vida se renovando… cheirosa, inspiradora, colorida, vibrante, ela vem renovar a alma de quem se guardou durante o inverno. É a natureza exuberante mostrando toda sua intensidade na delicadeza das flores. 

E, nós, quando não mudamos de acordo com o momento e não vivenciamos o que é correspondente a cada fase da existência, deixamos de viver de forma plena.

Renovar-se intensamente nessa nova fase que a primavera e a vida nos concedem!


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remediando – A importância do Medo

Nós vivemos numa sociedade em que se fala muito de coragem. “Vá em frente! Tenha coragem! Seja forte! Não tenha medo!” Quem um dia já não ouviu alguma destas frases?!

Mas confesso que isso me preocupa um pouco em alguns sentidos. Não que eu não goste de coragem, ou que eu não seja corajosa, até que me considero bem neste quesito rsrs, mas simplesmente não se pode ignorar como o medo é importante. O medo é um instinto de sobrevivência e, em diversas situações, é o que nos mantém vivos!

Exemplo: você não vai andar de madrugada sozinho cheio de dinheiro, relógio, jóias num lugar que você sabe que é perigoso, justamente porque você tem medo; medo de ser assaltado, medo de perder sua vida, é o tal do instinto de sobrevivência. Por que não colocar a mão no fogo?? Pelo medo de se queimar – puro instinto de sobrevivência! Poderia ficar aqui citando mil exemplos de como o medo é importante em nossa vida e porque ele não deve ser ignorado.

Medo é um mecanismo de nosso inconsciente, criado para nos proteger. É um poderoso instrumento que pode nos alertar dos perigos. E poucas pessoas entendem a sua importância.

Em contrapartida, algumas pessoas acabam sendo dominadas por ele e paralisando alguns aspectos de sua vida, gerando, assim, problemas de ordem emocional, como síndrome do pânico, ansiedade, fobias, traumas, etc. 

Corajoso não é quem não tem medo, corajoso é quem segue em frente apesar do medo. O medo é um alarme fundamental em nossa vida, mas não pode disparar a todo instante e por questões que não coloquem verdadeiramente em risco nossa segurança. O medo deve ser um sinal de atenção e cuidado, nunca de desistência.

Por isso é sempre bom lembrar: “o medo é um bom empregado, mas um péssimo patrão”, ou seja, você precisa do medo para sua segurança e sobrevivência, mas deve dominá-lo, pois quem manda é você!

Tenha coragem, mas não esqueça jamais a importância do medo.


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remediando – Flor-de-lótus

Tem dias que planejamos tudo e tudo dá errado. A gente sempre nessa de tentar controlar tudo e todos! Mas às vezes parece que existe algo, parece que há uma conspiração a rir dos nossos planos.

O jeito é confrontar as circunstâncias inesperadas que nos demandam tempo, energia e que nos afastam do que é importante. Ao permanecer muito perto dos problemas ficamos confusos, até intimidados; perdemos a calma e o equilíbrio. Ao dar um passo atrás conseguimos enxergar por um outro prisma e isso nos ajuda a lidar de forma mais efetiva com estas situações.

Isso me faz lembrar de uma história que li uma vez sobre a flor-de-lótus. ‘A flor-de-lótus é aquela flor que tem as raízes na lama, mas mantém suas pétalas impecavelmente brancas. Ela precisa dos nutrientes que estão na lama para florescer.

Isto é desapego, estar perto do que você mais desejaria estar livre e usar isso para fazer você crescer. Aquela pessoa que agora está perto de nós é talvez o melhor professor que poderíamos ter, se fôssemos capazes de ver o nutriente na sua presença.’

Praticando o desapego!


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remediando – Hoje é dia de quê?

Há dias e dias. Dias em que estamos mais alegres, mais animados. Dias em que estamos mais dispersos, desligados. Dias em que nada funciona, tudo parece fora dos trilhos. Dias em que tudo dá certo, como se a sorte nos sorrisse.

Dias mais extrovertidos, cheio de amigos e de risos. Dias em que, mais do que queremos, precisamos falar. Ou dias mais ‘in’ – aqueles dias em que queremos ficar mais quietinhos, sozinhos, reflexivos.

O que importa do dia é que cada dia é diferente. Até a rotina não consegue ser exatamente igual. Todo dia deveria ser especial.

Pra mim, hoje é dia de poesia… resolvi escrever aqui e saiu tudo natural. Isso só pode ser influência do nosso mestre José Saramago, autor que admiro e do meu livro de cabeceira atual.


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remediando – Autoanálise

Fazendo uma autoanálise de mim mesma e do blog, percebi que a maioria dos textos que escrevo são muito profundos, principalmente os últimos. Mas se sou uma pessoa profunda, não poderia ser diferente.

Numa época em que a superficialidade e futilidade andam em alta não é tão fácil assim ser profunda. Acho que sofro mais por ser assim, pois laços profundos e duradouros, hoje em dia, são raros; as pessoas hoje se amam e amanhã se odeiam. E isso ainda é difícil de entender pra mim…

Da mesma forma, em uma época em que as pessoas imitam e compartilham tudo que leem sem a menor crítica, não é fácil ter senso crítico. O senso crítico muitas vezes choca! Pois se todo mundo pensa igual, eu que penso diferente só posso estar louca! hehehe.. Isso me lembrou uma frase que costumava citar nas reuniões de equipe de uma empresa na qual trabalhei: “Quando todos pensam igual, ninguém está pensando” (Walter Lippman).

Escrevi hoje para um amigo: ” … às vezes me acho única na face da terra rsrs, pois a maioria das pessoas anda alienada… bom saber que temos mais almas pensantes por aí.”

E é bem assim que me sinto às vezes, alguém muito diferente.

 


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remediando – Busca Constante

Hoje queria compartilhar com vocês, principalmente com minhas amigas, um texto excelente que li e que me levou a diversas reflexões. Impossível ler e não refletir a respeito.

“Segundo Qualls-Corbett, um matrimônio sagrado, a nível interpessoal ocorre quando:

“Projeções da anima ou do animus* não se manifestam – traduzindo rsrs: quando projeções de nossos desejos e expectativas do outro não se manifestam – o outro é mais claramente visto e querido por aquilo que verdadeiramente é. Experimenta-se a sensação de liberdade ao se explorar a profundidade do próprio e verdadeiro ser quando se está ligado a alguém a quem se ama, o que estimula o desenvolvimento e a criatividade”.

A mulher que deseja viver um bom casamento deve desvencilhar-se da expectativa do casamento de contos de fada e vivê-lo como um meio de individuação. Para tanto, precisa se libertar externa e internamente. Ela deve procurar outras possibilidades de vida que não a previamente dada pela sociedade patriarcal. Deve também, reconhecer e integrar aspectos de seu inconsciente, o que só será possível através de dolorosas renúncias das suas fantasias infantis.

Esse movimento não acontecerá de uma única vez, mas permeará todo o período do matrimônio, pois o caminho de auto-conhecimento é infinito; é uma constante busca…”

Aprendi isso por experiência própria e posso dizer que hoje meu relacionamento é muito mais maduro que anos atrás, com cada um mantendo sua individualidade e personalidade, longe de ser perfeito, mas real… talvez isso o torne tão especial. Isso nos permite um conhecimento mais profundo de nós mesmos e, por conseguinte, do outro.

*(Anima e Animus = Nossos pais dentro de nós)


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remediando – Sete de Setembro

Na data de hoje comemoramos a Independência do Brasil. A separação política entre a colônia do Brasil e a metrópole portuguesa foi declarada oficialmente no dia 7 de setembro de 1822.

Acredito que no dia de hoje a declaração da Independência deve servir de exemplo para que haja união e um esforço conjunto para tornar o Brasil uma nação melhor. Numa época em que observamos estupefatos um mensalão de nossos governantes, o patriotismo anda abalado.

A data deve ser marcada pela reflexão do papel de cada brasileiro no desenvolvimento do País. Devemos realçar os sentimentos patriótico e cívico, que devem ser fortalecidos em toda a sociedade brasileira. E nada melhor que o período de eleições para exercer este sentimento patriótico: não vendendo nosso voto em troca de gasolina, tijolos ou favores de qualquer tipo. Votando consciente ou com o que cada um de nós acha coerente!

Que todos nós cidadãos, trabalhadores, empresários, instituições e governantes possamos fazer de tudo por um País mais próspero, mais justo e mais solidário.

A maioria de nós anda enojada com tanta sujeira, mas é preciso continuar fazendo a nossa parte e acreditar que esse país ainda tem jeito.

Parabéns a todos nós cidadãos brasileiros!


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remediando – Identificação

Interessante como são as coisas. No post de ontem descorri a respeito da conversa que tive com alguns amigos no domingo sobre a ‘relação com o outro’. Hoje fuçando na internet, achei um site com 60 endereços de bibliotecas virtuais; são milhares de obras, interessantíssimo! Tá aí o link pra quem gosta de ler: http://livroseafins.com/57-bibliotecas-virtuais-e-mais-10-bonus/

Aí você me pergunta: mas e daí? O que uma coisa tem a ver com a outra? Calma, eu explico! É que eu estava navegando em umas das bibliotecas, sem pretensão alguma, só pra conhecer mesmo, sem procurar nada específico… e eis que surge na minha frente dentre milhares de obras a seguinte obra que me chamou a atenção: ‘Comunicação de consciências e contágio de sentimentos’.

Abri e fui dando uma pincelada por cima pra ver se me interessava… e adivinhem? Muita coisa do que conversamos estava lá! Citações de Freud e grandes filósofos a respeito da nossa relação com o outro. No mínimo, intrigante rsrs. Tive que ler rsrs…

Queria compartilhar com vocês algumas reflexões e teses da obra:

” … O Outro sente-se a si mesmo, assim como eu me sinto a mim e as experiências são irreversivelmente singulares e subjetivas porque somos seres singulares portanto diferentes. Mas poderá esta diferença constituir-se como um abismo intransponível? Estaremos, por este motivo, condenados à mais completa solidão? Será a comunicação um puro monólogo? A esta questão clássica o filósofo Michel Henry responde dizendo-nos que enquanto seres no mundo o problema da solidão é incontornável, mas enquanto seres transcendentais tal solidão não existe porque nos é possível com-sentir a experiência do outro. Sentindo-a não em termos de conteúdo, mas quanto ao seu modo de experimentar. Quando alguém próximo sofre, não sinto o conteúdo concreto das suas dores, mas percebo o ato formal e transcendental do seu sofrer e, por isso, emociono-me e comovo-me com as suas dores, apesar de não serem concretamente as minhas. É, precisamente, por haver esta distância fenomenológica entre o Eu e o Outro que podemos percebê-lo como Outro.”

“… Porque é que sou contagiado pelos sentimentos de outrem? Como é que esta sensação se dá em mim? Porque é que a imitação resulta deste contágio de sentimentos? O fato é que constatamos, permanentemente, que o nosso aparente autismo narcísico – calma gente é só algo parecido com egoísmo rsrs – é sempre superado pelo processo transcendental do acontecimento no qual o outro tem sempre um papel relevante, talvez porque a constituição deste e a minha sejam, até certo ponto, indistintas. Muito daquilo que nos acontece, transcende-nos. O que nos sucede está muito para além da nossa vontade, não é controlável…”

Eu lembro que em nossa conversa falamos e eu escrevi aqui que ‘ou santo bate ou não bate com alguém, não tem jeito rsrs’, ou seja, ou você se identifica com aquele alguém ou não se identifica!

A respeito disso a obra transcorre o seguinte: “… Freud considera que a identificação é o laço emocional “mais difícil de descrever” e “a mais remota expressão de um laço emocional” portanto o estabelecimento de laços emocionais tem a sua origem no processo de identificação. É no tratamento deste tema que retoma o complexo de Édipo (considerado como laço emocional essencial), pois a criança (todo menino no caso) no seu desejo da mãe – calma gente é só a tese do Freud de que o menino no seu íntimo “deseja” a mãe; procurem mais no google se tiverem interesse rsrs – , acaba por se identificar com o pai tomando-o como modelo e identificando-se com ele. Assim, a identificação é a forma originária de desenvolvimento de um laço emocional e é a partir dela que se dá o contágio de sentimentos….”

Complexo demais????? Até que não! rsrsrs

Resumindo: Gostamos das pessoas com as quais nos identificamos.

Beijossss!


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remediando – Que troca é essa?

Ontem, recebi a visita de dois grandes amigos. Fomos dar uma caminhadinha na beira mar e depois tomar um café bem gostoso em casa para pôr o papo em dia. Receber pessoas queridas é algo muito prazeroso não é mesmo? Pelo menos pra mim é!

E na mesa, durante o café é que o papo geralmente corre solto, flui. Delícia trocar ideias, ouvir desabafos, dividir alegrias e angústias, concordar, discordar, ser entendido, entender, sorrir, chorar… tanto afeto e amor entre amigos verdadeiros que não há dinheiro algum no mundo que pague.

Amizades verdadeiras daquelas que vocês se entendem só de se olhar são poucas, raras; são um presente divino que deve ser agradecido todos os dias, pois amizade de verdade, sem máscaras – conforme conversamos ontem – andam muito raras por aí.

Filosofamos sobre tudo e mais um pouco, mas principalmente do comportamento e relacionamentos humanos. Como, às vezes, nos perdemos nesta troca com o outro, como é difícil lidar com o ser humano, como é bom que as pessoas sejam diferentes, mas como é difícl por vezes lhe dar com essa diferença. O quanto algumas pessoas nos fazem bem enquanto outras nos fazem tanto mal. E o quanto aprendemos com estas que nos fazem mal.. como elas nos ensinam! Elas nos proporcionam a chance de trabalharmos sentimentos como raiva, injustiça, tolerância, paciência… Chegamos à conclusão de que a questão da afinidade é crucial, ou santo bate ou não bate! rsrs

E o papo fluia naturalmente….. até a hora da despedida. Cada um deixando um pouco de si e carregando um pouco do outro, uma grande troca. Essa troca maravilhosa que se dá entre pessoas que estão abertas a trocar conhecimento e sentimentos, essa troca que só é possível quando há cumplicidade, quando a gente se expõe e se entrega por inteiro ao outro, sem máscaras, sem medos, e, o mais importante, sem julgamentos ou preconceitos.

A todos os meus amigos verdadeiros que quero pra sempre perto de mim aquele beijo no coração. Amo vocês!